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quarta-feira, 2 de março de 2016

Reflexão - atividade 2 (parte 1)

Foram várias as leituras efetuadas no contexto deste trabalho. Transversalmente, pude perceber que estamos num momento de mudança. Uma Mudança de Paradigma educativo que visa ir ao encontro das necessidades e desafios de uma era de conhecimento, informação e comunicação alargadas pelas tecnologias digitais. O impacto desta mudança faz-se sentir, gradualmente, em todas as etapas escolares, deste o ensino pré-escolar até ao universitário, o que, na verdade, não poderia deixar de acontecer dado que as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) surgem espontaneamente no quotidiano de cada um de nós, mesmo que não demos conta delas conscientemente, sendo que, consequentemente, são transportadas para os ambientes em que nos inserimos, neste caso em particular, a escola!

Gadgets e aplicativos móveis difundem-se e fazem parte do quotidiano de cada um de nós, acompanhando-nos para todo o lado e permitindo-nos interagir de formas diferentes em vários contextos mediante diversos objetivos. Uma panóplia de opções surgem no domínio das TDIC. Aplicações como skipe, justvoip, viber permitem-nos comunicar a quilómetros de distância, outras proporcionam-nos a possibilidade de trabalhar colaborativamente mesmo que estando em continentes diferentes, ou ainda aprender uma nova língua! Inúmeras possibilidades a explorar e aplicáveis a diversas situações da nossa vida, desde fazer um almoço com um receita nova até ver um coração em 3D na sala de aula de Biologia! 

É natural, portanto, que vejamos as nossas escolas invadidas por tecnologia, sobretudo se atendermos que estas novas gerações nasceram com a tecnologia! Ao mesmo tempo que gatinham já sabem que o tocar no ecrã daquela coisa ali em frente faz aparecer cor e vida a mexer em diante dos seus olhitos! A interação com a máquina é intuitiva e estes pequenos seres rapidamente percebem onde ir para ver a Pocoyo! Os nativos digitais proliferam assustando gerações mais velhas em que muitos “velhos do Restelo” teimam em não ver a necessidade de nos adaptarmos a novas formas de estar. 

E como vem a jeito, um pouco do Nosso Grande Camões - Canto IV Â – Episódio O Velho do Restelo (oitavas: 95 e 96) :

No contexto educativo, como em muitos outros, é fundamental que nos questionemos sobre o nosso novo papel enquanto educadores e formadores. É fundamental que encaremos a mudança como algo normal, cíclico e fundamental à evolução e adaptação do ser humano, ademais, como tem sido a nossa saga desde os mais remotos tempos históricos, onde temos passado por tantas e tão fantásticas transformações decorrentes de enumeras descobertas… 
 
Espera-se, portanto, que estas novas tecnologias entrem na escola! Mas, como deverão elas entrar na sala-de-aula? Sim, porque elas vão estar lá, quer queiramos ou não! A questão é como podemos nós aproveitarmo-nos positivamente deste income? Como utilizar estas tecnologias emergentes em benefício do processo de ensino e de aprendizagem, contribuindo para aprendizagens mais significativas, mediante o conceito de Ausubel e Novak, e consequentemente conduzindo-as a aprendizagens profundas, segundo a conceção de Peter Sange? 
 
Estamos numa fase emergente! Emergem novas tecnologias, novos ambientes e consequentemente terão de surgir novas pedagogias; isto se, obviamente, o nosso objetivo for acompanhar o ritmo da transformação e mudar! Mudar para continuar a nossa caminhada, o nosso percurso, para ir em frente olhando para o que aí vem corajosamente e desafiando o medo e a incerteza… e crescer! 
 
 

(continua...)

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