Uab

segunda-feira, 21 de março de 2016

Teachers Are People!

Olá colegas! Espero que estejam bem.



Eu e a minha filha descobrimos esta preciosidade da Walt Disney de 1952. Eu não poderia deixar de partilhar!



Teachers are People! :) 


Boa semana a tod@s!




domingo, 20 de março de 2016

Fórum | Desafios aos professores - Reflexão



Como sabemos, as TDIC (tecnologias digitais de informação e comunicação) facilitam o acesso ao conhecimento, numa era que se assume de partilha e de colaboração por meio da criação de comunidades de aprendizagem mas trazem consigo a necessidade de adaptar estratégias, aceder a novos recursos, desenvolver novas formas de interação associadas ao continuo desafio de promover/desenvolver o questionamento, o pensamento crítico, o sentido de autonomia e o diálogo (Morgado, 2001).
Assim, novas competências são exigidas aos docentes, conduzindo-nos a um contínuo desenvolvimento profissional cada vez mais consciente da necessidade de nos adaptarmos a novas realidades e desafiando-nos à adoção de novos modelos pedagógicos (cf. Mason, 1998) associados a novas formas de compreensão, intervenção e extensão espácio-temporal da sala-de-aula. Atendendo a que no contexto do ensino a distância os atos de ensinar e aprender tendencialmente se distanciam e interagem com um novo elemento que é a tecnologia (Morgado, 2003), torna-se fundamental (re)pensar os modelos pedagógicos clássicos atribuindo-lhe um novo campo didático centrado na relação entre aluno/formando e conteúdo (idem).
Verifica-se, portanto, que as áreas do conhecimento profissional expandem-se como organismo vivo em constante evolução e o docente assume-se cada vez mais como ser polivalente que deverá ser capaz e mobilizar várias aptidões: pedagógicas, pessoais/sociais/afetivas, comunicacionais/informacionais e digitais no ato de ensinar (cf. Bergan & Collins, 2000 citado em Kidd & Kengwe, 2010). 

“Ensinar no ciberespaço exige mudança de práticas, de métodos e de estratégias. Mais do que uma grande familiaridade com a tecnologia, ensinar online requer competências que envolvam os estudantes no desenvolvimento dos seus próprios processos de aprendizagem.” (Pereira, Quintas-Mendes, Mota, Morgado, & Aires, 2004, p. 201).


Inserida numa perspetiva construtivista esta transformação, que induz à mudança de paradigma, assenta numa intervenção ativa do aluno advinda da deslocação da centralidade do processo de ensino e de aprendizagem do professor para o aluno, inserindo-a em contextos específicos e diferentes estre si (Monteiro, 2012) contribuindo, desta forma, para uma aprendizagem simultaneamente significativa e transformadora, propícia, segundo Mezirow (1997) à validação da aprendizagem e ao desenvolvimento de autonomia essenciais ao pensamento crítico e reflexivo, ao mesmo tempo que deverá (assim se deseja) que desenvolva uma aprendizagem profunda (cf. Johnson, Becker, Estrada, & Freeman, 2014, p. 24) geradora de competências necessárias ao mundo real.

“os novos media tornam possíveis e requerem novos contextos sociais e culturais de aprendizagem; perdendo alguma da sua centralidade, a escola não pode já ser vista como o único local em que se aprende. Mas isso não significa que o seu papel [o do professor] no futuro seja menor; pelo contrário, acreditamos que ele será cada vez mais essencial”  (Amante, Quintas-Mendes, Morgado, & Pereira, 2008, p. 102).


Os vídeos da professora Adelina Moura (cf. RTP2 2012, TedxTalks 2014) estabelecem uma clara relação entre o que é a realidade e os desafios que esta lança à escola, mais concretamente ao ato de ensinar (cf. Prensky, 2010, 2013, 2014) (e aos significados teóricos da aprendizagem) bem como as implicações que esta ação concreta tem nos domínios das competências, desenvolvimento e conhecimento profissional acima referidos. Fica clara a necessidade de ir ao encontro de novas formas de comunicar e olhar o mundo sob novas perspetivas. Essa travessia é vital ao sucesso do processo de ensino e de aprendizagem no século XXI.
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Amante, L., Quintas-Mendes, A., Morgado, L., & Pereira, A. (2008). Contextos de Aprendizagem educação online. Revista portuguesa de pedagogia - Ano 42-3, pp. 99-119. Obtido em 22 de janeiro de 2016, de http://iduc.uc.pt/index.php/rppedagogia/article/view/1252/700


CEMPVídeos. (2010). Marc Prensky - What is the role of the teacher in todays world? Obtido em 7 de março de 2016, de https://www.youtube.com/watch?v=4MpzcjhY_wI&index=1&list=PLrIPg5eMulh58V1O8aGEXDr9RGV8nXVhc


Grupo Banco Mundial. (2016). Dividendos Digitais - Visaão Geral. Relatório sobre o desenvolvimento mundial de 2016, The World Bank. Obtido em 9 de março de 2016, de http://www.worldbank.org/en/publication/wdr2016


Johnson, L., Becker, S. A., Estrada, V., & Freeman, A. (2014). NMC Horizon Report - Edição Educação Básica 2014. Austin, Texas, Estados Unidos da América: The New Media Consortium.


Learning TechUK. (2014). Learning Technologies Exhibition and Conference 2014. Marc Prensky: Future-cation: learning with today's powerful technology. Obtido em 6 de março de 2016, de https://www.youtube.com/watch?v=F_avuj3SpTg


Lunch Box School. (2013). Marck Prensky - Digital Natives. Obtido em 7 de março de 2016, de Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=jRR76Mz9NII


Mason, R. (1998). Models of online Courses. Obtido em 4 de março de 2016, de https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0ahUKEwjcv83worPLAhUBExQKHXf9ADYQFggtMAE&url=http%3A%2F%2Fwww.networkedlearningconference.org.uk%2Fpast%2Fnlc1998%2FProceedings%2FMason_1.72-1.80.pdf&usg=AFQjCNGoA9Xa4Wo_1mOsUWQogbONqVs8U


Mezirow, J. (janeiro de 1997). Transformative Learning Theory to Practice. New Directions for adult and continuing educations, 74, pp. 5-13. Obtido em 5 de março de 2016, de http://www.readcube.com/articles/10.1002%2Face.7401?r3_referer=wol&tracking_action=preview_click&show_checkout=1&purchase_referrer=onlinelibrary.wiley.com&purchase_site_license=LICENSE_DENIED


Monteiro, A. (2012). O processo de bolonha e o trabalho pedagógico em plataformas digitais: possíveis implicações. Em A. Monteiro, J. A. Moreira, & A. C. Almeida, Educação online - Pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais (2ª ed., pp. 15-26). Santo Tirso: DE FACTO editores.


Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos online. Discursos, III Série, nº especial, pp. 125-138. Obtido em 3 de março de 2016, de https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwjZhZfwi7PLAhWCOhoKHe29CAkQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.univ-ab.pt%2F~lmorgado%2FDocumentos%2Ftutoria.pdf&usg=AFQjCNGsWXZZBYzDpQDIFkIeJgQSEwvl8Q&sig2=nrlHbvIih6WYCc22fBtpSQ


Morgado, L. (dezembro de 2003). Os novos desafios do tutor a distância: o regresso ao paradigma da sala de aula. Discursos, Série: Perspetivas em Educação, pp. 77-89. Obtido em 3 de março de 2016, de https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwjjqNLImrPLAhVIuRQKHeVVDCsQFggdMAA&url=http%3A%2F%2Frepositorioaberto.uab.pt%2Fhandle%2F10400.2%2F150&usg=AFQjCNGF7EmnOb6ZXgYDxavCxipENUxg6w&sig2=iwpIhkJ7tTn37abhkhyIrg


Moura, A. (7 de agosto de 2014). Mobile learning. Obtido em 8 de março de 2016, de https://www.youtube.com/watch?v=VSqhvgwEfsc


Pereira, A., Quintas-Mendes, A., Mota, J. C., Morgado, L., & Aires, L. (dezembro de 2004). Guia do Professor/Tutor online. Discursos - Série: Perspetivas em Educação, pp. 200-207. Obtido em 4 de março de 2016, de http://hdl.handle.net/10400.2/167


RTP2. (10 de abril de 2012). Nativos digitais- telemóvel: o e-caderno. Obtido em 4 de março de 2016, de https://www.youtube.com/watch?v=XOvlzaqOTjI


TEDx Talks. (11 de novembro de 2014). Mobilizar é agir. Geração Móvel - Adelina Moura. Lisboa. Obtido de https://www.youtube.com/watch?v=s_jbbslCx1g

quarta-feira, 16 de março de 2016

Porque não há anexos :) ...

Olá !
Entre respostas a posts, encontrei este infográfico que partilho. Bom trabalho!
The Africa Mobile Learning Infographic
Find more education infographics on e-Learning Infographics

domingo, 6 de março de 2016

"A literacia já não é o que era!" (Figueiredo, 2009)

Olá!
Gostaria de partilhar convosco um das apresentações do Senhor Professor António Figueiredo, que versa o tema literacia digital.

Dado o contexto em que me insiro profissionalmente, considerei esta apresentação muito pertinente.

Até breve!



Reflexão - atividade 2 (parte 2)



(continuação...)
Quando lemos os relatórios do Horizon, fica clara a importância que as novas tecnologias podem ter no processo de ensino e de aprendizagem mas, acima de tudo, emerge a ideia de que as tecnologias por si só não permitem a mudança.

Nesta linha sublinho a ideia dos colegas Rebelo e Monteiro (no seu trabalho sobre esta mesma atividade) que refere:

“Se é verdade que as tecnologias são um elemento fundamental das chamadas pedagogias emergentes, importa não esquecer que a adoção da tecnologia é um processo fortemente contextualizado: cada tecnologia é, por assim, dizer, um feixe de possibilidades que se vai materializar de forma concreta num determinado contexto, de acordo com as estratégias particulares dos seus utilizadores”.

Assim, essa mudança apenas pode acontecer se os professores, conscientes da necessidade do seu contínuo desenvolvimento profissional, entenderem as tecnologias como ferramentas que possibilitam centrar o processo de ensino e de aprendizagem no aluno mediante uma perspetiva transformacional.

 “Education in an open society has the charge of promoting personal transformations as one of its major aims. In specific terms, education must adopt the endin-view of helping individuals work towards acknowledging and understanding the dynamics between their inner and outer worlds. For the learner this means the expansion of consciousness and the working toward a meaningful integrated life as evidenced in authentic relationships with self and others. This view of education we have called transformative education.” (Boyd & Myers, 1998)

Os vários trabalhos apresentados, pelos colegas, mostram-nos isso mesmo, numa perspetiva alargada e transversal às várias etapas académicas. O enfoque recai no que se pode fazer, recorrendo às tecnologias, para transformar o ensino, para que ocorra uma mudança de paradigma que responda às novas necessidade e desafios da sociedade. Os processos de ensino e de aprendizagem precisam de novas pedagogias centradas no individuo ao mesmo tempo que estreitando as suas relações colaborativas com as comunidades de aprendizagem em que se inserem (Almeida, 2012), valorizando as perspetivas contextuais da aprendizagem transformando-a num processo cada vez mais orgânico e social (Figueiredo, 2015) onde, numa sociedade de informação, o modelo de desenvolvimento seja pautado pela consciência dos caminhos percorridos e a percorrer e do papel de cada um (Figueiredo, 2006) enquanto sujeito numa dinâmica simultaneamente plural e singular.

Relembro, uma vez mais, o trabalho do António Rebelo e do Ricardo Monteiro, desta feita, do seu infograma de onde transcrevo a afirmação “As tecnologias afetam mais o modo de ensinar do que o modo de aprender”, porque na verdade, e tal como eles fundamentam, a mudança de paradigma reside na forma de ensinar, no papel que o professor toma para si e no que devolve ao aluno, na interação com o conhecimento e na nova relação que estabelece com o saber, o fazer, o ser, o agir, com a informação e comunicação e com os alunos. Toda esta nova forma de estar assume-se numa nova forma de ensinar que irá, por fim, condicionar a forma de como o estudante se integra no mundo de que faz parte.

Dos relatórios trabalhados pelos grupos, dois sobre o ensino superior (2013 e 2016), e um sobre o ensino secundário (2014 e 2015), realço a transversalidade das tecnologias emergentes nomeadamente nos domínios dos jogos, gamificação, impressão 3D e tecnologia vestível. Já no que reporta às tendências, enquanto no ensino superior estas se situam, como referem os colegas Dércio e Pedro, nos MOOCs e nos REA; já no secundário a aposta recai na progressiva introdução de um ensino híbrido caracterizado pela personalização e colaboração no processo de ensino e aprendizagem, a 1ª pelo potencial que apresenta a prática do BYOD associada ao aumento dos recursos educacionais abertos, a 2ª por via de práticas inovadoras direcionadas para a colaboração entre pares, ambas potencializadas pela “aceleração rápida de tecnologia intuitiva” (Johnson, Becker, Estrada, & Freeman, 2014, p. 14)

Quer o ensino secundário, quer o ensino universitário enfatizam a necessidade de pensar o papel do professor, o que implica repensar as instituições e as suas estruturas numa dimensão maior que nos levará, certamente, a refletir sobre políticas educativas e possíveis caminhos a percorrer. 

Bom trabalho a todos! 

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Almeida, A. C. (2012). Treino mediatizado de competências de resolução de problemas (em plataformas digitais). Em A. Monteiro, J. A. Moreira, & A. C. Almeida, Educação online - Pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais (pp. 55-78). Santo Tirso: DE FACTO editores.
Boyd, R. D., & Myers, J. G. (1998). Transformative education. Internacional Journal of Lifelong Education, 7 (4), 261-284. Obtido em 1 de março de 2016, de http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0260137880070403?journalCode=tled20
Figueiredo, A. D. (2 de novembro de 2006). A dimensão crítica da sociedade da informação em Portugal. Conferência APDSI - O Balanço das TIC 2006. Lisboa. Obtido em 1 de março de 2016, de https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=12&ved=0ahUKEwia9aLG56zLAhWH6RQKHYCgBoMQFghlMAs&url=http%3A%2F%2Fwww.apdsi.pt%2Fuploads%2Fnews%2Fid3%2Fant%25C3%25B3nio%2520dias%2520de%2520figueiredo_10%2520anos%2520si.pdf&usg=AFQjCNE_9Ap4XK8
Figueiredo, A. D. (21 de setembro de 2015). TDIC e Educação: para além das TDIC. IV Seminário Web Currículo e XII Encontro de Pesquisadores em Currículo. São Paulo. Obtido em 1 de março de 2016, de SlideShare: http://pt.slideshare.net/adfigueiredoPT/tdic-e-educao-para-alm-das-tdic
Johnson, L., Becker, S. A., Estrada, V., & Freeman, A. (2014). NMC Horizon Report - Edição Educação Básica 2014. Austin, Texas, Estados Unidos da América: The New Media Consortium.